O relator da CPI do MST, deputado Ricardo Salles (PL-SP), questionou João Pedro Stédile, líder nacional do MST, sobre as conexões financeiras entre o movimento e a Associação Brasil Popular (Abrapo). Salles destacou que, mesmo sem CNPJ próprio, o MST teria recebido R$2 milhões de doações do poder público por meio da Abrapo.
Salles afirmou: “A Abrapo, sob a rubrica do MST, faz manejo de recursos, administra documentos, conta bancária, detém o registro do site e assume outros compromissos pelo movimento”. Questionando diretamente Stédile, o deputado disparou:
“O senhor quer convencer esse plenário que, na qualidade de liderança máxima do MST, o senhor não conhece a empresa que recebe os recursos de pagamentos do movimento, o senhor não conhece o grupo de celebração de acordos e percepção de recursos?”.
Durante a inquirição, foi captado pela TV Câmara que Gleisi Roffmann (PT-PR) sugeriu interromper Salles. Da mesma forma, Talíria Petrone (PSOL-RJ) pressionou por uma “questão de ordem”. Ainda na sessão, após Stédile mencionar não ter obrigação sobre os valores doados, a deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) solicitou o “tempo de liderança do Psol”, sem sucesso.
Salles apresentou dados que mostravam doações totalizando quase R$ 2 milhões, evidenciando o suposto fluxo financeiro entre o MST e a Abrapo.
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Veja os documentos obtidos no Portal da Transparência:
Post: G. Gomes
Informações: Portal da Transparència
Origem: CPI do MST
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