Os cortes do Governo foram maiores mais no Orçamento de Educação e Transportes dentre outros.

 Os Ministérios da Educação e dos Transportes sofreram o maior impacto do novo contingenciamento (bloqueio de gastos) anunciado pelo governo federal. Cada uma das pastas teve R$ 165,7 milhões bloqueados. Em contrapartida, o Ministério da Saúde, objeto de um embate em torno da recomposição do piso de gastos para o setor, não sofreu cortes.

A distribuição por ministérios da nova rodada de bloqueios consta de decreto publicado nesta sexta-feira dia 29 de Setembro de 2023 no Diário Oficial da União.

No último dia 22, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram o contingenciamento de R$ 600 milhões para cumprir o limite do novo arcabouço fiscal que substitui o teto federal de gastos, mas o detalhamento dos cortes tradicionalmente sai uma semana depois.

Ao todo, seis ministérios tiveram recursos para gastos discricionários (não obrigatórios) contingenciados, podendo ter o dinheiro liberado caso as despesas obrigatórias fiquem abaixo do estimado. Veja a distribuição dos cortes abaixo:
Educação: R$ 165,7 milhões.
Transportes: R$ 165,7 milhões.
Cidades: R$ 96,5 milhões.
Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 28,5 milhões.
Defesa: R$ 22,1 milhões.
Ciência, Tecnologia e Inovação: R$ 15,5 milhões.

Maiores cortes
Tradicionalmente responsável pelos maiores cortes, o Ministério da Saúde foi poupado. Ao restabelecer o piso de gastos para a saúde em 15% da receita corrente líquida em valores atualizados, o novo arcabouço fiscal deixou uma insuficiência de recursos que pode chegar a R$ 21 bilhões em 2023.

Caso não consiga aprovar um projeto de lei no Senado que reduz o impacto para R$ 5 bilhões, o governo terá de contingenciar até R$ 21 bilhões de outros ministérios em novembro. 

 Cortes acumulados 
Com o novo bloqueio de R$ 600 milhões, o valor total contingenciado em 2023 aumentou para R$ 3,81 bilhões. Até agora, esse valor é baixo diante do total das despesas primárias, estimadas em R$ 2,056 trilhões para este ano.

No acumulado do ano, os ministérios com mais verbas bloqueadas são Transportes e Cidades. Confira a distribuição abaixo:
•    Transportes: R$ 984,8 milhões
•    Cidades: R$ 931,8 milhões
•    Educação: R$ 497,7 milhões
•    Saúde: R$ 452 milhões
•    Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 262,2 milhões
•    Integração e do Desenvolvimento Regional: R$ 184,6 milhões
•    Meio Ambiente e Mudança do Clima: R$ 109,7 milhões

Áreas afetadas
Os contingenciamentos atingem recursos destinados a investimentos (obras públicas e compra de equipamentos).
Eles também afetam gastos de custeio (manutenção da máquina pública) não obrigatórios, mas dos quais dependem o funcionamento de serviços públicos, como contas de água, luz, internet, telefone, papel para documentos, material de escritório e faxina, entre outros.
 

Post: G. Gomes
Informações: ebc 

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Aeromodelista, fotografo, Das Ciências Sociais e pesquisador.

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