A força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou três envolvidos em venda de um falso esquema de proteção para os doleiros Dario Messer e Marco Antônio Cursini.
De acordo com o MPF, entre setembro de 2006 e março de 2013, Basto e Flores receberam da organização criminosa liderada por Messer o valor de US$ 50 mil mensais, sob o pretexto de pagar agentes públicos para impedir investigações do MPF e da Polícia Federal.
Os dois advogados também foram denunciados por lavagem de ativos, juntamente com Messer e Cursini. Segundo a investigação do MPF, Cursini era responsável pelas operações dólar cabo que enviavam os valores, recebidos em espécie, para o exterior. Os procuradores da Lava Jato identificaram 35 atos de lavagem de dinheiro por remessa dos valores ilícitos ao exterior, entre 2008 e 2012.
A acusação aponta também que Basto e Flores cobraram de Cursini o valor de US$ 400 mil, em 2010, para supostamente pagar agentes públicos que impedissem a convocação do doleiro para depor em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Este valor, novamente, permaneceu na conta suíça dos denunciados.
De acordo com o MPF, em 2016, quando ocorreram mudanças na legislação internacional e na conformidade dos bancos suíços, Cursini fez oito operações dólar cabo invertido, para trazer ao Brasil de forma ilícita valores que somaram US$ 3.527.172,52.
Via: ebc
Post: G. Gomes
Views: 16