Fortemente impactado pela Covid-19 em 2020, o setor aéreo brasileiro deu sinais claros de recuperação já a partir de janeiro a julho deste ano. Essa foi a principal conclusão da Reunião de Avaliação Estratégica (RAE) Setorial de Aviação Civil e Transporte Aéreo, realizada pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura (MInfra), na terça-feira (16/11). Durante o encontro, foram avaliados os principais indicadores do segmento.
“Essas reuniões são importantes para garantir bons resultados e fazer um balanço dos nossos projetos. Mesmo com a pandemia, o setor de aviação mostrou eficiência e excelentes resultados”, destacou o ministro da Infraestrutura substituto, Marcelo Sampaio, que conduziu o encontro.
Os participantes da RAE constataram que o percentual de assentos domésticos por quilômetro oferecido subiu 34,78% de janeiro a julho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 50,608 bilhões de assentos ofertados no período. Trata-se de uma medida de aviação para comparar a disponibilidade de assentos por rota, nivelando pelas distâncias. No período, foram transportados 36,278 milhões de passageiros: alta de 28,13% na comparação com 2020.
Outro indicador que registrou aumento expressivo foi a movimentação de carga doméstica, a qual ficou 26,99% maior do que o verificado nos primeiros sete meses de 2020. Crescimento ainda na movimentação de Yield, receita gerada por quilômetro voado por tráfego pagante: 22,7% acima do registrado no mesmo período do ano passado.
AVALIAÇÃO
O encontro serviu ainda para os participantes analisarem a estruturação e a execução dos programas federais no setor de aviação, além do andamento de obras previstas para serem entregues ainda em 2021. É o caso da ampliação da pista de pouso do Aeroporto de Fortaleza, por meio da concessionária Fraport Brasil. Há melhorias em andamento em terminais aéreos em Ipatinga (MG), Montes Claros (MG) e Bonito (MS), entre outros.
No próximo ano, será realizada a 7ª e última rodada de concessões aeroportuárias, com oferta de 16 aeroportos à iniciativa privada, liderados por Congonhas/SP (Bloco SP-MS-PA), Santos Dumont/RJ (Bloco RJ-MG) e Belém/PA (Bloco Norte II).
Os investimentos previstos somam R$ 8,8 bilhões.
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