Quem se formou no exterior em Medicina e pretende atuar no Brasil deve passar por uma prova para comprovar conhecimentos e habilidades na área. É o chamado Revalida, Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira. As inscrições da edição deste ano vão até 2 de outubro e a prova ocorrerá em 6 de dezembro.
Os interessados podem acessar o site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação, e se inscrever. A taxa de participação é no valor de R$ R$ 330. A prova escrita será realizada em 6 de dezembro, em 13 cidades: Brasília (DF), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS) Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM) e Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Gerson Cezar Bassani, 38 anos, se formou em Medicina no Paraguai e vai fazer o Revalida com a expectativa de reforçar o atendimento à população brasileira. Especialista em saúde da família, ele chegou a atuar no Brasil pelo Programa Mais Médicos, na cidade de Marília (SP).
“Somos em torno de 15 mil médicos formados no exterior prontos para [sermos] testados e provar nossa capacidade, para que possamos estar tomando a linha de frente nessa epidemia [de Covid-19]”, disse Gerson Bassani.
Pelo Revalida, os candidatos serão avaliados com itens das cinco grandes áreas da Medicina: ginecologia e obstetrícia, medicina clínica, cirurgia geral, pediatria e medicina de família e comunidade, abordadas de forma interdisciplinar.
O diploma também deve ser autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, promulgado pelo Decreto n.º 8.660, de 29 de janeiro de 2016.
O exame subsidia o reconhecimento, pelas universidades parceiras, dos diplomas de médicos que se formaram no exterior e querem atuar no Brasil.
A partir desta edição do exame, quem reprovar na segunda etapa poderá se reinscrever diretamente nela, nas próximas duas edições consecutivas do exame. Até agora, o candidato precisava fazer todas as etapas do Revalida novamente. Os prazos e orientações sobre a segunda fase serão publicados, posteriormente, em edital.
A revalidação do diploma é responsabilidade das universidades públicas que aderirem ao instrumento unificado de avaliação representado pelo Revalida.
O documento determina que o exame tenha como referência os atendimentos no contexto de atenção primária, ambulatorial, hospitalar, urgência, emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina, nas normativas associadas e na legislação profissional.
O objetivo é avaliar as habilidades, as competências e os conhecimentos necessários para exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
Post: G. Gomes
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