O transporte de órgãos é uma das missões da FAB que se soma às funções de manter a soberania do espaço aéreo, integrar o território nacional e participar de missões humanitárias, entre outras.
O acionamento de uma aeronave ocorre de acordo com a demanda repassada pelo Ministério da Saúde, que coordena o Sistema Nacional de Transplantes. A partir de então, é ativada uma cadeia de eventos. É preciso checar as condições de pouso no aeroporto de destino, acionar a tripulação e avisar ao controle de tráfego aéreo que se trata de um transporte de órgãos, o que dá ao avião prioridade para procedimentos de pouso e decolagem.
Um decreto de 2016 determinou que a corporação mantenha uma aeronave permanentemente disponível para o trabalho de levar os órgãos ou tecidos até local onde está o receptor. Em muitos casos, o transporte é fundamental para que o processo de transplante aconteça.
Foi a FAB que transportou o coração que a menina Alicia Alves Silva, de 11 anos, recebeu. Diagnosticada com miocardiopatia dilatada, o coração de Alicia crescia e já não conseguia bombear bem o sangue. Hoje, recuperada e levando a vida normalmente em Araguaía (TO), ela expressa gratidão à FAB. “Nós só temos a agradecer por esse trabalho e dedicação da Força Aérea Brasileira”, disse Alicia.
Só neste ano de 2020, de janeiro a setembro, a FAB já transportou 170 órgãos. Em 2019, foram 167 órgãos transportados. Nos últimos quatro anos de trabalho, a FAB já ajudou a salvar 933 vidas.
“As asas que controlam, que defendem e que integram o território nacional, são as mesmas asas que levam esperança aos brasileiros que mais precisam de ajuda”, afirmou o tenente-coronel aviador, Christiano Pereira.
De acordo com a FAB, há tripulações de sobreaviso nos Esquadrões de Transporte, em tempo integral, em todo o Brasil. Assim que o Sistema Nacional de Transplantes recebe as informações iniciais para a captação de um determinado órgão, a FAB é acionada e aloca os meios mais próximos para cumprir a missão de transporte.
O Decreto 8.783/16 prevê que, para atender às requisições do Ministério da Saúde, a FAB manterá permanentemente disponível, no mínimo, uma aeronave, que servirá exclusivamente a esse propósito.
Post: G. Gomes
Via: ebc
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