A região Nordeste foi a que contratou o maior volume de financiamentos do FNE Emergencial, mais de R$ 1,32 bilhão. A Bahia é o estado nordestino com maior volume de contratos firmados, seguido por Pernambuco. Os dados foram calculados pelo Banco do Nordeste até o dia 21 de agosto.
O Norte contratou mais de R$ 211 milhões para micro, pequeno, médio e grandes empresários. A maior parte dos recursos, cerca de R$ 163 milhões, foram para os pequenos empresários. Pará e Rondônia lideram em volume de contratações. Os dados são do Banco da Amazônia até o dia 21 de agosto.
No Norte e no Nordeste, o setor de comércio e serviços foi o responsável pela maioria das contratações da linha emergencial.
Já na região Centro-Oeste, onde o crédito passou a ser ofertado pelo Banco do Brasil em meados de junho, foram contratados pela linha emergencial R$ 49 milhões, até o dia 10 de agosto. Os maiores volumes foram para Goiás e Distrito Federal.
Uma das empreendedoras que buscou apoio pela linha de crédito do FCO foi a dentista e sócia de uma clínica de odontologia no Distrito Federal, Thais Turatti. Por causa do coronavírus, a clínica ficou fechada por cerca de dois meses, sem nenhum faturamento. As despesas, no entanto, permaneceram. Foi aí que Thaís e a sócia buscaram o recurso.
“Eu e minha sócia decidimos que não iríamos demitir nenhuma das nossas funcionárias e não iríamos repassar os custos gerados aos nossos pacientes. Ficamos muito felizes com esse incentivo do governo, pois nos ajudou a manter os empregos, a clínica funcionando, as contas em dia e ainda possibilitar que mais pacientes consigam realizar os tratamentos odontológicos necessários”, contou a dentista.
Desde o mês de Abril, R$ 6 bilhões estão disponíveis para as três macrorregiões por meio dos Fundos Constitucionais de Financiamento. São R$ 3 bilhões para os estados nordestinos, outros R$ 2 bilhões para o Norte e mais R$ 1 bilhão destinado ao Centro-Oeste.
Os recursos são administrados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e concedidos pelo Banco do Nordeste, pelo Banco da Amazônia e pelo Banco do Brasil.
Estão disponíveis contratos de financiamentos nas modalidades capital de giro isolado e de investimentos, ambas com taxa efetiva de juros de 2,5% ao ano.
A maior parte dos contratos firmados está na modalidade capital de giro, que garante até R$ 100 mil por beneficiário. Os recursos podem ser utilizados em despesas de custeio, manutenção e formação de estoque, no pagamento de funcionários, contribuições e despesas diversas.
A outra linha especial dos Fundos Constitucionais é voltada a investimentos e oferece até R$ 200 mil por contratante. O empreendedor pode investir e, ao mesmo tempo, utilizar o recurso como capital de giro.
Tanto para a modalidade capital de giro quanto para a de investimentos, os financiamentos poderão ser contratados enquanto o decreto de calamidade pública estiver em vigor, limitado a 31 de dezembro de 2020. O prazo para quitação será de 24 meses e carência até 31 de dezembro de 2020, de acordo com a capacidade de pagamento do beneficiário.
Os recursos são concedidos pelo Banco do Nordeste, pelo Banco da Amazônia e pelo Banco do Brasil.
Post: G. Gomes
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