Dólar hoje dispara em 3,50% e bateu R$ 5,84 após China retaliar tarifas dos EUA.

 O dólar à vista operava com forte alta perante ao real nesta sexta-feira dia 4 de Abril de 2025, acompanhando a valorização externa frente outras divisas emergentes ligadas a commodities em meio ao tombo de mais de 7% do petróleo e o movimento de fuga de ativos de risco após a China impor tarifas de 34% sobre as importações dos Estados Unidos, em retaliação ao tarifaço de Trump, com início em 10 de Abril.

Na frente dados, o mercado de trabalho dos Estados Unidos abriu 228 mil postos de trabalho em março, de acordo com os dados do relatório de emprego conhecido como payroll divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Departamento do Trabalho.

Qual é a cotação do dólar hoje?
Às 15h19, o dólar à vista operava em alta de 3,56%, aos R$ 5,829 na compra e R$ 5,830 na venda. Na B3 o dólar para maio — atualmente o mais líquido no Brasil — avançava 3,11%, aos 5.837 pontos.

Dólar Comercial
Compra: R$ 5,829
Venda: R$ 5,830

Dólar Turismo
Compra: R$ 5,812
Venda: R$ 5,992

O que aconteceu com o dólar hoje?

Depois de fechar na menor cotação de 2025 na véspera, a divisa americana abriu em alta perante a moeda brasileira, enquanto traders estavam preocupados com uma possível recessão em função da aplicação de tarifas pelo governo Trump.Trump anunciou na quarta-feira que aplicará uma tarifa de pelo menos 10% a todos os exportadores para os EUA, com taxas ainda maiores sobre cerca de 60 nações para combater grandes desequilíbrios comerciais com os EUA. Em resposta, o Canadá disse que combaterá as tarifas com contramedidas, enquanto a China e a UE também prometeram retaliar.

A China anunciou que vai impor tarifas de 34% a todos os bens importados dos Estados Unidos, em resposta ao tarifaço anunciado pelo governo Trump nesta semana.

Nesse cenário, o mercado adiantou a previsão para o início dos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) neste ano, após a retaliação chinesa às tarifas americanas e passou a precificar redução uma acumulada de 125 pontos-base (pb) ou mais como probabilidade majoritária até dezembro, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.

Os juros futuros recuam na esteira dos retorno dos Treasuries, por temores de recessão na economia americana e mundial e possível antecipação de corte de juros nos EUA como consequências da escalada da guerra comercial deflagrada pelo presidente americano Donald Trump.

As tarifas recíprocas adotadas pela Casa Branca podem reduzir o PIB global entre 0,5% e 0,7% este ano e causar um “choque estagflacionário” nos EUA, elevando a inflação em 1,5 ponto porcentual e fazendo o PIB cair de 1% a 1,5% em 2025, calcula o Bank of America. O banco também prevê chances de 50% de uma recessão nos EUA nos próximos 12 meses.

Na agenda interna, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou deflação de 0,50% em março, após uma alta de 1,00% em fevereiro, de acordo com a FGV. O resultado ficou próximo da estimativa mediana de queda de 0,52% na pesquisa Projeções Broadcast.
 

 

Post: G. Gomes
Informações: Agência  Reuters e Estadão

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Aeromodelista, fotografo, Das Ciências Sociais e pesquisador.

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