O leite materno permite que bebês e crianças se desenvolvam com mais saúde e fiquem protegidos de infecções, diarreias e alergias. Para incentivar as mulheres que amamentam a doarem, o Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira (19), a campanha nacional “Doe leite, doe esperança. Um grande gesto pode salvar a vida de quem mais precisa”. O lançamento ocorre no Dia Mundial da Doação de Leite Materno.
O leite é importante, especialmente, para prematuros internados que não podem ser alimentados diretamente pela própria mãe. A cada ano, no Brasil, são estimados 330 mil nascimentos de bebês prematuros ou de baixo peso, o que representa 11% das crianças nascidas no país. Com o leite materno, eles têm mais chances de recuperação.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a campanha é um incentivo para ampliar a doação. “Nossa palavra é de estímulo. É necessário que todos nós nos unamos para, além de reconhecer essa iniciativa, também estimular para que ela possa ser cada vez mais ampliada. É fundamental para a saúde das nossas crianças e quem investe na criança, investe no futuro, não há a menor dúvida.”
Na doação, qualquer quantidade de leite pode ajudar. Apenas 1 ml já é suficiente para nutrir um recém-nascido a cada refeição, dependendo do peso. Todo leite doado é analisado, pasteurizado e passa por um processo de controle de qualidade antes de ser ofertado ao bebê internado nas unidades neonatais.
A recomendação do Ministério da Saúde é que as mulheres não deixem de doar mesmo em tempos de Covid-19.Em 2020, mesmo com o novo coronavírus, o volume de leite doado foi 2,7% superior ao ano anterior. A partir da doação de 182 mil mulheres, foram coletados 229 mil litros de leite materno, sendo que 157 mil litros foram distribuídos, beneficiando 212 mil recém-nascidos. Isso representa 64% da real necessidade por leite materno.
“Mesmo durante um ambiente de uma emergência sanitária internacional da Covid-19, tivemos um aumento de 2,7%. Mas é preciso avançar ainda mais, a crise exige que muitos esforços sejam adotados para garantir informações qualificadas sobre a segurança da doação do leite materno”, explicou o ministro Marcelo Queiroga.
Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano. Basta ser saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira na amamentação.
É preciso seguir as instruções do banco de leite sobre o preparo do frasco para guardar o leite materno;Ter cuidados de higiene pessoal antes de iniciar a coleta, como usar touca ou lenço para cobrir os cabelos e colocar uma fralda de pano ou máscara sobre o nariz e a boca. Lavar as mão e braços até o cotovelo com água e sabão. Lavar as mamas apenas com água; e
Terminada a coleta, armazenar corretamente e ligar para o banco de leite mais próximo para se informar sobre a maneira de fazer a doação ou no número 136.
Rede
O Brasil tem a maior rede de bancos de leite humano do mundo, de acordo com o Ministério da Saúde. São 222 bancos e 220 postos de coleta em todo o país.
Informações: Ministério da Saúde
Post: G. Gomes
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