Nos primeiros quatro meses de 2020, o número de empresa abertas no País foi maior que o número de empreendimentos que fecharam as portas. Os dados do boletim do Mapa de Empresas, divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Ministério da Economia, mostram um saldo positivo de 686.849 empresas abertas com um número total de 18.466.444 empresas ativas. O documento aponta ainda que o tempo médio para a abertura de um negócio no País foi reduzido.
O secretário especial adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Gleisson Rubin, destacou que o saldo líquido de abertura de empresas no período é o maior dos últimos dez anos, mesmo com o impacto do novo coronavírus sentido nos meses de março e abril com desaceleração no saldo de empreendimentos ativos.
“No mês de abril tivemos uma redução no número de empresas abertas. Ainda assim, a despeito desses quarenta dias de efeito da pandemia, esse saldo de 686 mil empresas criadas, saldo líquido, é o maior saldo da série histórica dos últimos dez anos. O que mostra que o período pré-pandemia marcava uma forte retomada na atividade empreendedora”, disse Gleisson Rubin.
O Mapa de Empresas registrou que no primeiro quadrimestre de 2020 foram abertas 1.038.030 empresas, o que representa um aumento de 1,2% em relação ao último quadrimestre de 2019. Quando comparado com o primeiro quadrimestre de 2019, houve queda de 1,1%.
Nos primeiro primeiros quatro meses desse ano foram fechadas 351.181 empresas, uma queda de 6,6% se comparado com o último quadrimestre de 2019 e de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Atualmente, há 18.466.444 empreendimentos ativos no País que estão, principalmente, nos setores de serviços (46,13%) e comércio (35,38%).
O Mapa de Empresas é uma ferramenta do Governo Federal que permite acompanhar o movimento de abertura e fechamento de negócios com detalhes do tipo de atividade e localização geográfica. Também traz informações sobre o tempo médio para abrir um empreendimento. As informações permitem ao empreendedor abrir ou impulsionar o negócio com dados precisos e dá aos governos subsídios para a formulação de políticas de incentivo locais. O Mapa de Empresas pode ser acessado AQUI.
Atividades em destaque
As atividades econômicas que mais abriram empresas no primeiro quadrimestre de 2020 são de cabeleireiros, manicure e pedicure; comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios e de promoção de vendas.
As que mais fecharam as portas no período foram as de comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios e as de comércio varejista de produtos alimentícios como minimercados, mercearias e armazéns.
Unidades da Federação
O Mato Grosso teve o maior crescimento percentual de empresas abertas no primeiro quadrimestre de 2020, com aumento de 19,1% em relação aos últimos quatro meses de 2019. Na outra ponta está Pernambuco com a maior queda, 10,9%. São Paulo registrou o maior número de empresas fechadas, 97 mil.
São Paulo é o estado com o maior número de empresas no Brasil, com 5,2 milhões, sendo 295 mil abertas somente no primeiro quadrimestre de 2020. Em seguida aparecem Minas Gerais com quase dois milhões de empresas, 115 mil abertas no período, e o Rio de Janeiro com 1,7 milhões, das quais 101 mil foram abertas nos primeiros quatro meses do ano.
Agilidade na abertura do negócio
Nos últimos meses, ficou mais rápido abrir uma empresa no País. O tempo médio é de três dias e 21 horas, com redução de 14 horas (13,1%) em relação ao último quadrimestre de 2019.
No entanto, em algumas unidades da federação o prazo pode ser menor. No Distrito Federal, no último quadrimestre, uma empresa pode ser aberta em um dia e uma hora. Mesmo reduzindo em mais de quatro dias o tempo para abrir uma empresa, a Bahia tem o maior tempo médio, com dez dias e oito horas.
O secretário Gleisson Rubin disse que o Governo Federal vem adotando políticas de simplificação e desburocratização para a abertura de empresas. “Semana passada tivemos aqui um processo de ampla revisão dos normativos relacionados ao processo de abertura de empresas no Brasil, o que culminou na simplificação e unificação de mais de 56 normas”, disse.
Informações: Ministério da Economia
Views: 34