O dólar tinha leve alta frente ao real nesta quarta-feira após os fortes ganhos da véspera, à medida que as quedas nos preços de commodities e as incertezas em relação à China, às tensões no Oriente Médio e ao cenário fiscal local continuam pressionando a moeda brasileira. Contudo, a divisa amenizou das máximas de quase R$ 5,70 registradas durante a manhã.
A divisa brasileira já tinha sofrido com a forte valorização do dólar em mercados emergentes na sessão anterior, com a moeda norte-americana fechando em alta de 1,36%, a R$ 5,6587, o valor de fechamento mais alto em um mês.
Qual a cotação do dólar hoje?
Às 13h30, o dólar comercial subia 0,05%, a R$ 5,659 na compra e R$ 5,660 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,17%, a R$ 5,6695.
Dólar comercial
Compra: R$ 5,659
Venda: R$ 5,660
Dólar turismo
Compra: R$ 5,706
Venda: R$ 5,886
O que acontece com o dólar hoje?
Como fator principal para a pressão sobre moedas emergentes estão as quedas nos preços de commodities importantes, como o petróleo e o minério de ferro, em meio a notícias vindas da China, maior importador de matérias-primas do planeta, e do Oriente Médio, onde se teme a escalada das tensões.
Nesta sessão, a pressão das commodities parecia moderar um pouco, ainda que preços de produtos importantes seguissem em queda, e as atenções dos mercados globais se voltavam também a outros fatores, incluindo novos dados econômicos.
O cenário externo continua incerto, com dúvidas sobre as perspectivas econômicas da China, o conflito no Oriente Médio e a eleição presidencial dos Estados Unidos em novembro.
“As moedas emergentes vêm sofrendo um bocado, ainda com dúvidas perante a solidez da economia chinesa… e em breve as eleições norte-americanas, que por sinal, no momento, mostram uma grande chance de Donald Trump vencer, o que pode acabar dificultando ainda mais o cenário para essas moedas”, disse Marcio Riauba, gerente da mesa de operações de câmbio da StoneX.
As atenções se voltarão na quinta-feira a uma nova entrevista à imprensa do governo chinês, com investidores na expectativa por anúncio de medidas de estímulo para o setor imobiliário.
Também estará no radar na quinta a decisão de política monetária do Banco Central Europeu, em que se espera que as autoridades reduzam a taxa de juros em mais 25 pontos-base para estimular a economia da zona do euro.
No cenário doméstico, ainda pesam as dúvidas do mercado com o compromisso do governo em equilibrar as contas públicas, mesmo após reportagem da Reuters mostrar na segunda-feira que o Executivo planeja anunciar medidas de contenção de gastos após o segundo turno das eleições municipais.
“A gente realmente não vai mais comprar essa tese (de contenção de gastos) enquanto não ver isso aprovado. O cenário político não é tão tranquilo para fazer essas aprovações”, disse Diego Faust, operador de renda variável da Manchester.
Post: G. Gomes
Via: Reuters/Infomoney
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