O dólar fechou em alta nesta segunda-feira, acima de 5,60 reais e no maior patamar em um mês, amparado por renovados temores fiscais no Brasil num dia de força da moeda norte-americana em todo o mundo.
Os mercados globais de forma geral tiveram uma sessão de alívio, com a diminuição dos receios sobre uma nova variante do coronavírus patrocinando uma recuperação dos preços dos ativos. Porém, o dólar também ganhou terreno nesse contexto, uma vez que voltavam à mesa perspectivas de aumento de juros nos Estados Unidos.
No fim da manhã a cotação no Brasil recebeu impulso após notícia da Reuters de que o governo não descarta possibilidade de ter que lançar mão do Orçamento de Guerra mais uma vez para conseguir viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil.
Segundo uma fonte com conhecimento das negociações disse à Reuters, essa alternativa seria “caótica” para as questões fiscais, e o governo tentará nesta semana atrair votos para a aprovação da PEC dos Precatórios.
Voltar ao Orçamento de Guerra, ao qual se recorreu no ano passado para combate aos efeitos econômicos e sanitários da pandemia, na prática significaria autorizar o descumprimento de parâmetros e limitações fiscais, num momento em que o mercado ainda digere as recorrentes ameaças ao teto de gastos que elevam o temor sobre o futuro das contas públicas no Brasil.
“O cenário-base do mercado é a aprovação da PEC, então se isso não acontecer e o governo precisar recorrer a alternativas, a moeda vai além dos 5,60 reais”, disse Cleber Alessie, gerente da mesa de derivativos financeiros da Commcor DTVM.
Post: G. Gomes
Informações: Infomoney
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