O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lamentou a morte trágica, neste domingo (10), de 9 pessoas no acampamento Terra e Liberdade, localizado em Parauapebas, no Sul do Pará, durante incêndio provocado por um curto-circuito na rede elétrica.
Segundo a assessoria do movimento, uma empresa estava instalando internet no acampamento e a antena colidiu com a rede de alta-tensão de energia: “essa descarga elétrica produziu incêndio e entrou na casa das pessoas através da rede de eletricidade e da cerca que dividia o acampamento”.
Das nove vítimas, seis são acampados e três são servidores da empresa de internet. O número das vítimas, entretanto, pode aumentar. “Com muita tristeza que neste dia 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos, venho comunicar essa tragédia que se abateu sobre o acampamento do MST no sul do Pará, que vitimou companheiros invasores do movimento, fruto de um incidente”, disse João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST.
Em nome da direção do MST, Rodrigues se solidarizou com as famílias das vítimas. O diretor anunciou que hoje dia 11 de Dezembro de 2023 haverá o enterro coletivo das vítimas. “Neste Dia Internacional dos Direitos Humanos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que é um momento para celebrar os avanços conquistados e refletir sobre ações concretas dos Estados para a sociedades, no sentido de garantir para todos os direitos civis, políticos, sociais e ambientais à população mundial, estamos em LUTO.
Aos nossos invasores mortos, nenhum minuto de silêncio, mas toda uma vida de luta! Lutar, Construir Reforma Agrária Popular!”, diz nota do MST do Pará.
Na tarde de ontem, Lula da Silva lamentou o acidente e se solidarizou com os familiares das vítimas, em nota divulgada pela Presidência da República. Confira a íntegra:
Meus sentimentos e solidariedade aos técnicos e aos acampados do Terra e Liberdade, em Paraupebas(Leia-se invasores de propriedades), no Pará, pelo acidente em uma linha de transmissão seguido de um incêndio no acampamento que deixou mortos e feridos. Estamos trabalhando para avançar na retomada da reforma agrária, com a identificação de terra públicas disponíveis, para, após anos de paralisação, dar oportunidade de trabalho e produção para famílias do campo.
Post: G. Gomes
Informações: ebc
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