Novas projeções das mudanças climáticas revelam um cenário dramático para o futuro dos ecossistemas e da humanidade. A informação foi divulgada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da ONU.
No ano passado, o IPCC lançou a primeira parte do relatório climático AR6 (sigla para o 6° Relatório), no qual dezenas de pesquisadores internacionais avaliaram as consequências físicas do aquecimento global. Ele apontou, por exemplo, que a temperatura global tende a subir até 2 °C até 2050.
A segunda parte do relatório foi dedicada a avaliar os impactos, adaptação e vulnerabilidade produzidas pelas mudanças climáticas. Segundo o IPCC, as chances são muito pequenas de se evitar os piores efeitos de um planeta mais quente.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse ter visto muitos relatórios científicos em sua vida, mas nada parecido com o que revela este novo. “É um atlas do sofrimento humano e uma acusação condenatória de liderança climática fracassada”, ressaltou Guterres.
Mudanças climáticas: o que vem pela frente?
Basicamente, o documento demonstra como as pessoas e ecossistemas estão sendo afetas pelas mudanças climáticas já em curso. “Quase metade da humanidade está vivendo na zona de perigo agora”, acrescentou Guterres.
Basicamente, o documento demonstra como as pessoas e ecossistemas estão sendo afetas pelas mudanças climáticas já em curso. “Quase metade da humanidade está vivendo na zona de perigo agora”, acrescentou Guterres.
As projeções indicam mortes massivas de espécies vegetais e animais, o colapso dos principais sistemas de alimentos e águas, além da perda dos sumidouros de carbono responsáveis por remover o dióxido de carbono da atmosfera.
Com a temperatura subindo 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais, os principais impactos serão o irreversível derretimento dos gelos polares. Isso produzirá inundações generalizadas em regiões costeiras e, em áreas secas, causará o aumento de incêndios florestais.
Além de tudo isso, o relatório ressalta que grande parte da população mundial precisa estar preparada para os efeitos cada vez mais severos das mudanças climáticas. A questão não é mais como evitá-los, porque já passamos desse ponto, mas como lidar com eles.
O relatório foi integralmente publicado na página do IPCC.
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