O saldo das exportações do setor mineral brasileiro foi de quase US$ 49 bilhões em 2021. Esse valor representa um crescimento de 51% em comparação a 2020 e foi essencial para garantir o saldo positivo da balança comercial do Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o saldo mineral correspondeu a 80% do saldo comercial brasileiro em 2021, que foi de US$ 61 bilhões. A elevação é significativa, já que em 2020 o saldo comercial mineral equivalia a pouco mais de 64% do saldo comercial brasileiro.
Os dados referentes ao consolidado da indústria da mineração do Brasil em 2021 foram apresentados na terça-feira (01/02) pelo diretor-presidente do Ibram, Flávio Ottoni Penido, e por Wilson Brumer, presidente do Conselho Diretor do órgão. Os dirigentes destacaram que a produção mineral brasileira em 2021, em toneladas, cresceu cerca de 7% em relação a 2020, passando de 1,073 bilhão de toneladas para 1,150 bilhão de toneladas estimadas. Em 2021, a variação de preços das commodities no mercado internacional impulsionou o faturamento do setor em 62%, na comparação com 2020, crescendo de R$ 209 bilhões para R$ 339 bilhões.
Para o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM), do Ministério de Minas e Energia (MME), Pedro Paulo Dias Mesquita, os dados apresentados pelo Ibram representam ”a força da mineração brasileira e o caminho virtuoso de expansão e desenvolvimento que temos perseguido, a partir do aperfeiçoamento de processos, promoção de práticas sustentáveis e atração de investimentos, para uma mineração sustentável, moderna e inclusiva, capaz de aumentar as oportunidades e o bem-estar da nossa população”.
Estados investem na expansão da mineração
As informações do Ibram mostram que Minas Gerais foi o estado que apresentou o maior crescimento no faturamento em 2021: 87%. Passando de R$ 76,4 bilhões, em 2020, para R$ 143 bilhões. Desta forma, o estado mineiro responde por 42% do faturamento global da indústria da mineração brasileira em 2021, seguido pela Bahia, com 67% de aumento de faturamento; Pará, com 51%; Goiás, com 36%; Mato Grosso, com 35% de elevação; e São Paulo, 28%.
Valor nunca antes registrado
Investimentos e geração de emprego
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