Militares temporários carentes ou em situação de risco social deixam a corporação com qualificação profissional. São jovens eletricistas, pedreiros, marceneiros, pintores, cozinheiros, mecânicos, motoristas, web designers, entre outros.
É o caso do soldado do Exército Jhonata Augusto Araújo Moura, do Distrito Federal, que está fazendo o curso de instalações hidráulicas pelo programa no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Depois que deixar a corporação, ele pretende se aprofundar mais no assunto e estudar mecânica. “A gente tem que sempre pensar no futuro. O Exército não é para sempre, assim como nada na vida, então a gente tem que estar pensando lá na frente”, diz o soldado.
Além do Senai, as organizações militares contam com a parceria de outras entidades de ensino profissionalizante do Sistema “S” como Senac, Senat e Senar.
Empregabilidade
Em 17 anos de criação, o Projeto Soldado-Cidadão atendeu mais 255 mil jovens em todo o país. Só neste ano já foram investidos cerca de R$ 3,8 milhões no projeto, o que permitiu capacitar aproximadamente 4 mil militares. “Eu digo que o Projeto Soldado-Cidadão tem um caráter dual. Ganha tanto as Forças Armadas quanto o militar. O caráter principal do Projeto Soldado-Cidadão é dar empregabilidade ao militar quando ele dá baixa após o tempo de serviço”, ressalta o coordenador do Projeto do Ministério da Defesa, Coronel Gustavo Gomes.
Só em Brasília, a Marinha conta com 110 marinheiros recrutas participando do programa. Em parceria com o Senac, eles realizam curso na área administrativa. “A ideia do projeto é que eles passem um período aqui na Força, recebam algum tipo de atividade teórica que vai engrandecer o currículo deles e futuramente eles possam ingressar no mercado de trabalho em melhores condições do que quando chegaram aqui na Força”, explica o Capitão de Mar e Guerra Fuzileiro Naval Álvaro Moura, Comandante do Centro de Adestramento e Instrução de Brasília.
Além de chefe de cozinha, Pedro Henrique é hoje consultor e professor de gastronomia. “Eu digo para todo mundo que a Marinha me deu uma profissão. Além de servir [à Pátria], eu aprendi a servir as outras pessoas através do alimento”, conclui.
Informações: Ministério d Defesa
Post: G. Gomes
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