100% dos brasileiros no Mundial de natação paralímpica são integrantes do Bolsa Atleta.

 Os melhores nadadores paralímpicos do planeta mudaram o CEP temporariamente. Estão todos na Ilha da Madeira, em Portugal, para a principal competição do esporte paralímpico internacional em 2022. O Mundial de natação será de 12 a 18 de junho e reúne mais de 600 atletas, de 70 países. É o primeiro evento de grande porte da modalidade no ciclo para os Jogos Paralímpicos de Paris, na França, em 2024.

O Brasil enviou a Portugal uma delegação de 29 atletas, e 100% deles são integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocínio direto executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Dos 29 convocados, 26 pertencem à categoria Pódio, a principal do programa, voltada para atletas que se qualificam entre os 20 melhores do ranking mundial.

A Bolsa Pódio prevê repasses mensais de R$ 5 mil a R$ 15 mil, a depender os resultados dos atletas.

Em 2022, a lista da categoria mais alta do programa do Governo Federal contempla 353 nomes, com aporte anual de R$ 45,6 milhões. Levando em conta todas as categorias (Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpica/Paralímpica), o Bolsa Atleta ainda soma 6.374 outros nomes. O investimento para pagamento anual do programa como um todo supera os R$ 128 milhões.

Nós respiramos treinos 24 horas por dia e o lado financeiro é igualmente importante. Sem uma cabeça tranquila, a gente não rende. Ter o investimento do Governo Federal nos dá a segurança para que possamos focar exclusivamente no esporte”, comentou Phelipe Rodrigues, dono de 15 pódios em mundiais. Ele faz parte do programa desde 2007 e passou por várias categorias até chegar à Bolsa Pódio. “O resultado deste investimento são várias medalhas ao longo da minha carreira, uma qualidade de vida para mim e para a minha família”, comentou.

Outro destaque da delegação, Wendell Belarmino, campeão paralímpico dos 50m livre da Classe 11, aponta que o patrocínio federal ajuda os atletas a criarem um ambiente propício às exigências de um atleta de ponta. “Esse recurso afeta positivamente nossa rotina. Ele se traduz em confiança e alívio, porque nos permite comprar equipamentos, como trajes e óculos, além de ajudar em deslocamentos, a comer bem, a morar bem”, listou o velocista.

Primeiro sem Daniel
O Mundial de Portugal é o primeiro da história recente em que o país não terá nas piscinas o atleta que foi a principal referência nacional da modalidade: Daniel Dias se aposentou nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, deixando na história um currículo de 40 pódios em mundiais (31 ouros) e 27 em Jogos paraolímpicos, 14 de ouro.

Se não tem Daniel Dias, o país chega à maior competição paralímpica já realizada em solo português com novo perfil. Nos últimos anos, a natação nacional evoluiu e revelou uma gama variada de atletas no masculino e no feminino, e em diversas classes de deficiência.

 Um dos exemplos recentes é Gabriel Araújo, de 20 anos, apontado pela organização do evento como uma das estrelas potenciais da competição. Com dois ouros (50m e 200m livre) e uma prata conquistados em sua estreia nos Jogos Paralímpicos, em Tóquio 2021, Gabriel é apontado como um dos favoritos da Classe S2, tanto pelo desempenho técnico quanto pelo carisma, uma das características do atleta.

Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), 35% dos atletas da delegação nacional têm menos de 23 anos, o que indica uma renovação qualificada e consistente, já que os índices exigidos para garantir vaga na seleção levam em conta a possibilidade real de os atletas chegarem às finais em suas provas.

Post: G. Gomes
Fonte: Governo do Brasil
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Aeromodelista, fotografo, Das Ciências Sociais e pesquisador.

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